Hoje falarei do livro “Guerra do Velho”, de John Scalzi. É uma space opera militar, gênero que não me agrada tanto, mas este livro valeu cada momento de leitura.

A história se passa num futuro incerto, no qual os seres humanos, após completar seu 75º aniversário, podem se alistar a uma organização militar chamada “Forças Coloniais de Defesa”. O alistamento é voluntário, mas as pessoas não têm qualquer ideia do que o serviço envolve, apenas que se trata de uma espécie de exército que protege a humanidade de outras raças colonizadoras do universo e que os recrutas são “rejuvenescidos”. O protagonista do livro, John Perry, se alista na FCD no seu aniversário, após a morte de sua esposa e vendo que seu filho já tinha um futuro bem-definido.
Pois bem, normalmente eu passaria uma sinopse como esta, pois não sou muito fã deste nicho específico de literatura. Porém, ouvi falar muito bem deste livro e resolvi conferir. Não me arrependi.
A história acompanha o recruta John Perry conforme ele descobre os segredos das Forças Coloniais de Defesa e desbrava o universo, conhece outras raças de seres espaciais e suas idiossincrasias e ascende em sua carreira militar. Tudo isto permeado de bastante ação, humor e, às vezes, informações demais.
O livro inteiro é uma sequência de surpresas, então qualquer coisa além do que já falei aqui estragaria a experiência de leitura de vocês, caso estejam interessados. Esta resenha também não terá a seção de spoilers, pois isso seria um desserviço ao livro. Como a progressão da história é importante para a sua compreensão, contar a historia do livro e o final seria, além de exaustivo e quase infindável, despropositado.
OPINIÃO: Conforme eu disse, este não é meu tipo de história favorita. Livros como este sempre contém várias armas e tecnologias militares inventadas que, francamente, me cansam um pouco. Há muitos detalhes sobre funcionamento de lasers, bombas e outros apetrechos que interessam vários leitores, mas que me cansam um pouco. Este livro não foge à regra.
Mas a história do livro é muito boa e isso me fez relevar esta excruciante quantidade de “technobabble” e batalhas confusas. A escrita é envolvente e você tem o desejo de continuar ao término de cada capítulo. Li este livro em 4 dias porque você simplesmente quer saber para onde a história vai. Isso é um mérito muito grande do autor.
Achei, por vezes, que os recursos de roteiro foram usados em demasia e que a história parece um pouco forçada, mas isso ainda assim não estraga a experiência da leitura.
NOTA PARA A LEITURA: 7/10
Por Rafael D’Abruzzo
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